Requalificação do Calçadão da Rui Barbosa aumenta vendas em até 30%.
redação

Em 2010, Pedro Jozino dos Santos Neto resolveu sair da informalidade e investir no seu próprio negócio. Como vendedor ambulante, montou uma bancada no antigo Calçadão da Rui Barbosa, centro de Itabuna, para vender “rasteirinhas”, estilo de sandálias sem salto, extremamente confortáveis. As boas vendas desde o início do negócio animaram o empreendedor que, um ano e sete meses depois, deixava as ruas e consolidava o seu empreendimento instalando-o em um imóvel localizado no mesmo calçadão.

 

O que Pedro Neto não esperava era uma queda substancial nas vendas, a partir de 2012, quando às vésperas da eleição municipal, a gestão passada anunciou obras de revitalização da artéria. A promessa não vingou. O serviço iniciado às pressas, logo foi interrompido e o que parecia a realização de um sonho dos comerciantes da área tornou-se um grande pesadelo para empresários e consumidores.

 

Drama e prejuízos - “As vendas desabaram. Passamos a viver literalmente na lama. Foi uma tristeza só. Muitos pensaram em desistir”. Tempos difíceis que Neto nem faz muita questão de lembrar. Agora, o momento é outro, bem diferente de 2012.

 

Atualmente, o calçadão está totalmente recuperado. A atual administração municipal investiu recursos próprios e acaba de concluir a obra. Além de realizar o que havia ficado na promessa, foi além. Também recuperou a rede coletora de esgotos e revisou a rede de drenagem. Com as medidas, transtornos antigos de alagamento tiveram fim.

 

Nesta sexta-feira, dia 28, às 10 horas, a obra tão sonhada pelos comerciantes, moradores e consumidores será entregue à comunidade pelo prefeito de Itabuna, Claudevane Leite. No Calçadão estão instaladas pelo menos 220 lojas com mix de serviços nas áreas de tecidos, confecções, armarinhos, móveis, medicamentos, acessórios e sapatarias, padaria, restaurantes e lanchonetes.

 

O Calçadão da Rui Barbosa é ocupado, em sua grande maioria, por pequenos comerciantes, perfil do empresariado itabunense que tem recebido uma atenção especial da Prefeitura de Itabuna. Desde que o prefeito Claudevane Leite assumiu o comando da administração municipal 6.500 trabalhadores que viviam na informalidade – como era o caso de Pedro Neto - tornaram-se MEI – Microempreendedores Individuais.

 

Itabuna foi um dos primeiros municípios do Brasil a implementar a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e a criar a Sala do Empreendedor, um local que concentra ações voltadas para o empreendedorismo e ajuda o trabalhador a sair da informalidade.

 

“O atual governo restabeleceu o respeito junto aos comerciantes locais. Com o calçadão arrumado e bem mais bonito aumentou o fluxo de pessoas e já podemos perceber um aumento médio de 30% nas vendas, mesmo em plena crise nacional”, destaca o empreendedor.

 

E completa: “Até nossos fornecedores passaram a nos ver com outros olhos ao perceberam que estamos instalados em um local decente e com perspectivas de bons negócios”. Neto segue a vida. Agora com um bom motivo. Voltou a vender 500 pares de “rasteirinhas”, a preços que variam de R$ 10 a R$ 80.

 
 
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