Prefeitura investe em ações para Festividades de Nossa Senhora da Glória em Mutuns.
redação

Os preparativos para os festejos de Nossa Senhora da Glória, Padroeira de Mutuns, que serão encerrados no próximo sábado (19),  terão uma missa solene às 17 horas, seguida de procissão, com a participação do prefeito Fernando Gomes e secretários municipais. Eles foram iniciados esta semana, com a realização do tradicional novenário, que se repete há 92 anos e como parte dos preparativos, a prefeitura realizou, através da Secretaria de Administração, uma série de intervenções visando à melhoria do acesso ao distrito, além de ações emergenciais nas áreas de esporte e infraestrutura.

 

O secretário de Administração, Dinailson Oliveira, destacou que uma equipe da Prefeitura fez a recuperação do acesso ao povoado, com encascalhamento de toda a pista, que tem cerca de dez quilômetros de extensão até o limite de Ilhéus, o que vai permitir melhorar o tráfego de veículos, pessoas e o escoamento da produção agrícola. Na operação foram utilizadas uma patrol, uma escavadeira hidráulica, um rolo compactador e oito caminhões caçamba, que também realizaram uma ação similar de manutenção na rua principal de Mutuns.

 

Ele destacou ainda entre as intervenções realizadas na localidade, a pintura de meio fio, limpeza e recuperação da quadra de esportes, além da pintura e revitalização da Igreja de Nossa Senhora da Glória. A ação inclui ainda a roçagem do cemitério local, que estava inteiramente abandonado.

 

Para Genaro Ferreira de Oliveira, a festa da padroeira resgata uma tradição quase centenária e que se repete ao longo dos anos. Ele lembra que o povoado surgiu no entorno das fazendas Franciscana, Boa Esperança e Ganapu.

 

Histórico

 

O povoado se consolidou com a implantação da estação de Mutuns, inaugurada em 1906, pela The State Of Bahia South Western Railway Company Limited, que era chamada pela população  de Estrada de Ferro de Ilhéus a Conquista. A abertura foi provisória, como foi a do primeiro trecho da ferrovia inaugurado sete meses antes da estação ferroviária, com autorização do Governo do Estado da Bahia, e o novo trecho chamado na época de ramal da Almada, tinha apenas 5 quilômetros  até a estação de Mutuns, e também o do sub-ramal do Mocambo - nome da época para o primeiro trecho aberto do futuro ramal de Poiri hoje Aurelino Leal, em 1931.

 

Com as obras da ferrovia e da estação, Mutuns foi por algum tempo como ponta do que seria a linha principal da ferrovia e um importante entreposto para o transporte de cacau e passageiros para o porto de Ilhéus e depois para Itabuna com a ampliação da malha ferroviária.

 

Em 1950, os ingleses repassaram a estrada ao Governo da Bahia, que mudou o nome para Estrada de Ferro de Ilhéus. A estrada jamais chegou a Conquista, pelo que se diz, pelo fato de os ingleses já estarem satisfeitos com o que arrecadavam somente com a linha já existente, que ligava as duas mais importantes cidades do Sul da Bahia. Em 1963, a ferrovia já estava em franca decadência e em 1965 foi desativada.

 
 
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