Estado forma padeiros e jardineiros no Sistema Penal de Lauro de Freitas.
redação

Esta terça-feira (12) se tornou um marco para a vida de 31 privados de liberdade da Colônia Penal de Lauro de Freitas, que foram certificados pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia nos cursos de Padeiro e Jardineiro. A ação, desenvolvida por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, na modalidade prisional (Pronatec Prisional), objetiva contribuir na ressocialização dos apenados oportunizando, a partir do aprendizado de um novo ofício, a reinserção no mundo do trabalho. A solenidade de formatura aconteceu pela manhã na própria unidade prisional.

Entre os novos padeiros estava G., de 31 anos, que falou sobre suas expectativas com a nova profissão. “Esta é uma grande oportunidade para mudarmos. Esses cursos acrescentam e nos ensinam coisas boas. Quero me aprimorar ainda mais para que eu possa conseguir uma vaga quando sair daqui”. Para A., 35, concluiu os dois cursos e, enquanto segurava orgulhoso os certificados, falou sobre a sua emoção. “Gostei muito do que aprendi e quero abraçar essa oportunidade. É gratificante ter esse resultado, saber que acreditam no nosso potencial”, afirmou.

O superintendente da Educação Profissional e Tecnológica do Estado, Durval Libânio, esteve presente no ato e falou sobre a relevância das novas profissões no processo de ressocialização. “Jardinagem e Padaria são profissões cheias de possibilidades, que guardam uma relação direta com a vida, com o criar e o cuidar. Esses jovens estão dando um passo importante para serem protagonistas de suas vidas e a Educação Profissional cumpre um importante papel transformador”, destacou.

José Antônio Matos, coordenador do Pronatec Prisional, também falou sobre o papel dos cursos de qualificação para os beneficiados. “Além de qualificar, as atividades laborais ajudam a humanizar o dia a dia, contribuem para que eles possam escrever suas histórias de forma diferente e serem reinseridos na sociedade de forma digna”, destacou. Já o diretor da Colônia Penal, Archimedes Benício Leite Neto, explicou que as aulas práticas foram realizadas na padaria e nos jardins da unidade, com bastante envolvimento dos detentos, em cerca de 200 horas de capacitação. “Todos se comprometeram e ficaram empolgados em aprender”, enfatizou.

 
 
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