Alta dos alimentos coloca negócios em instabilidade.
Restaurantes corporativos tem buscado antecipação de renegociação contratual
redação

Foto: Reprodução/Facebook

 

Setor que produz no Brasil cerca de 14 milhões de refeições servidas diariamente em escolas públicas, hospitais, indústrias, restaurantes populares, locais remotos, como as plataformas de petróleo, vêm mobilizando as companhias que oferecem este serviço a seus funcionários a uma antecipação da renegociação contratual. 

 

O vice-presidente da Associação Brasileira de Refeições Coletivas (ABERC) e diretor geral do Grupo LemosPassos, de matriz na Bahia e atuação em outros oito estados, Ademar Lemos Jr., explica que a alta dos preços dos alimentos e combustíveis, que se intensificou com o conflito no leste europeu (guerra na Ucrânia), tem colocado o setor em um cenário de grande instabilidade na manutenção dos negócios, que no país gera cerca de 260 mil empregos.

 

“Com a inflação medida pelo IPC da Fipe na categoria alimentação fora do lar notada em 5%, os impactos são de grandes proporções, tornando-se de extrema urgência acionar o gatilho nas companhias para uma renegociação de acordos”, acrescenta o gestor. Do último semestre de 2021 até junho deste ano, o índice acumula elevação de 13,40%. 

 

De acordo com a ABERC, que está mobilizando o “gatilho”, houve um aumento de 24,1% nos custos de produção de uma refeição em 12 meses (jun/2021 a jun/22). “A gente coloca na régua de custos os gastos proporcionais a tudo que faz parte deste negócio, de salários, insumos, combustível, gás, manutenção, fardamento, EPI’s, entre outros itens”, ressalta. 

 

Os fornecedores alertam que os reajustes, até então anuais, não suprem os custos. Ainda de acordo com as empresas, a cláusula de renegociação não precisa ter repasse integral e automático do aumento sobre os custos da refeição. “É possível traçar alternativas como alterações nos cardápios, na carga horária que influencia no custo da mão de obra), e até mesmo, divisão de custos para o gás, por exemplo”, dizem os representantes do segmento.

 
 
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